segunda-feira, 30 de agosto de 2010

EUA sobrevive o Brasil numa disputa acirrada.



Incrível jogo contra os EUA.

Eu posso falar que eu sabia que os americanos não eram tão entrosados como o time das Olimpíadas de 2008, mas depois de assistir esse jogo, realmente vi que ainda eles não pegaram o jeito do jogo internacional.

É claro, que o Brasil não foi nenhuma tarefa fácil para os EUA, que ganhou apenas de dois pontos e sobreviveu a uma cesta nos segundos finais.

Desde o começo do jogo, apesar dos EUA terem pressionado o Brasil a quadra inteira (como tem feito nos últimos jogos contra outras seleções, originando erros de passe e cestas fáceis), os brasileiros sempre mantiveram a bola segura e por fim, mantendo-a dentro da cesta.

Durante o primeiro período, Alex Garcia, Splitter, Leadrinho, todos jogando em sincronia. As duas seguidas de três de Leadrinho fechou o quarto, 28 a 22 para o Brasil. Foi possível ver que enquanto o Brasil deslanchava, os americanos pareciam perdidos, tentando arremessos corridos e desesperados.

Começo do segundo quarto e os Estados Unidos já agora não pressionam tanto, e o Brasil segue na frente. Com força e garra, os brasileiros conquistam a torcida.

O Brasil seguiu em frente, 46x43 ao fim do primeiro tempo, causando perdas de bola para os EUA e realmente os incomodando.

Foi a partir do terceiro período que os EUA entraram no jogo e tudo ficou mais equilibrado, os dois times cometiam erros, tanto de arremessos como erros de transição, no contra ataque e na distribuição.

Nos momentos finais do 3º, Leadrinho puxou o gatilho e manteve o Brasil perto, 61 a 59.

Os EUA dominaram grande parte do ultimo quarto, não estaticamente, porém o Brasil teve muitas e muitas oportunidades perdidas. Tiago Splitter trabalhou bem com os rebotes e sempre que conseguia, dava uma segunda chance aos alas que errassem de três , e mesmo assim, nada.

Com várias chances para a virada e também os EUA de abrir a liderança, nada parecia ocorrer. O placar permaneceu quase o mesmo. Os dois times empataram, 9 a 9 no quarto período. Os americanos também tiveram chances de abrir uma boa vantagem, porém eles também erraram muitas cestas (mais fáceis do que as nossas tentativas).

No momento final, foi maravilhoso, o Brasil começou a apertar o jogo, as bolas de Marcelinho caiam, enquanto os lances de Durant, não.

A torcida toda do estádio gritava: “Brasil, Brasil, Brasil...”...até o comentarista britânico, oficial da FIBA, entrou no ritmo e se deu conta que estava torcendo para o Brasil no meio de uma transmissão ao vivo.

Chauncey Billups erra uma de três, Marcelinho Huertas pega o rebote com segundos marcando no relógio, e sai correndo para o ataque. Sofre falta com 3.5 no relógio.

Nesse momento, se o Marcelinho convertesse os dois lances, seria o começo de uma vitória talvez. Porém após o erro do primeiro lance, ele foi obrigado a errar propositalmente para tentar pegar o rebote e arremessar em 3 segundos.

Foi o que aconteceu, para a surpresa dos americanos com certeza, Marcelinho pegou seu próprio rebote, passou para o Leadrinho, debaixo da cesta, e subiu com Kevin Love, a bola saiu das mãos dele e parecia que ia entrar, ela bateu no aro duas vezes, e saiu.

Vitória americana.

Vitória merecida para nós. Não foi o fim que desejávamos, mas com certeza, também não foi a derrota que esperávamos.

O Globo Esporte, no final do jogo de ontem, anunciou que o Brasil, apesar de vencer da Tunísia de 15 pontos de diferença, não estava pronto para os EUA.

Realmente, não foi o que o Brasil nos mostrou. Porém, os brasileiros foram capazes de mostrar ao mundo que essa equipe do Team USA é vulnerável e pode sim perder, talvez numa final.

Próxima parada, após um descanso nessa terça, depois de três jogos seguidos começando sábado, o Brasil enfrenta a Eslovênia.

Veja a emoção dos lances finais:


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